Carta ao diário

Olá diário,
e eventual leitor que o-tenha furtado do fundo de minha gaveta para fuxicar no meu dia-a-dia. Vocês são muito bem vindos! (mas não espalhem poraí o que vocês vão ver aqui) Afinal, aqui estarão documentadas as minhas atividades neste novo mundo por mim ainda não conhecido. Minhas impressões, pensamentos, dúvidas, medos e receios. Espero também, para a felicidade do leitor astuto que obteve acesso ao meu diário pessoal e para a minha própria, que aqui estejam também minhas conquistas. Minhas realizações e alegrias. Mas não sabemos disso ainda não é? Já que esta experiência ainda está por começar. Então seja bem vindo, aproveite! E para que o aproveitamento seja em sua completa magnificênciassíssima magnitude: alerto-o para a cronologia dos relatos. (Apesar de que ler uma história de trás para frente as vezes pode ser divertidamente produtivo)


Seu professor calouro anônimo,
Andre Bruinje


terça-feira, 21 de setembro de 2010

21 de Setembro de 2010: Engordar as vezes pode fazer bem sim!

21 de Setembro de 2010, Colégio Estadual Professora Maria

Chegamos ao colégio 10:30, nossa aula iniciaria as 11:05 (na minha opinião, desde a semana passada, o pior horário. Tanto por ser uma aula com tempo reduzido, dificultando normalmente o fechamento da aula e dos conteúdos abordados, quanto por ser a última aula e, ao seu final, os alunos estarem ansiosos para que ela termine)

Apesar de aula passada ter tido muitas adversidades, consegui identificar algumas dificuldades dos alunos com relação ao conteúdo. Em especial os conceitos de concentração de meios (hipertônico e hipotônicos), bem como os transportes de substancias entre eles e gradientes de concentração. Alunos tinham dificuldade para assimilar solvente e soluto e, no caso específico, o que eu necessitava que entendessem para dar continuidade à aula, o processo de osmose. Nitidamente havia alguma deficiência na disciplina de química e, portanto, tive que fazer algumas digressões. Tendo isto em vista, e o fato de um aluno ter me comentado na aula anterior algo como: “pô professor, faz uma aula mais light semana que vem por favor?” Resolvi utilizar alguma ferramenta que seja pelo menos para prender a atenção na aula e servir de apoio didático.

Entrei na sala e pedi à turma para que se dispusessem em mesa-redonda, como já havíamos trabalhado. Após todos devidamente alocados avisei à turma que, apesar de terem me pedido uma aula light, eu resolvi preparar uma aula bem pesada e “gorda“. Retirei uma caixa de bombons da mala e servi à turma à vontade, assim como me servi de bombons também após me certificar de que não havia nenhum diabético ou intolerante à lactose na turma, para isto eu havia preparado uma barra de chocolate diet. Instruí que todos comessem, servindo-os a vontade caso quisessem mais bombons, eu inclusive e, após talvez uns 3 ou 4 minutos, quando achei que já estavam saturados de doce perguntei se estavam com sede. A maioria assentiu com a cabeça, e comecei a indagar qual o motivo de estarem com sede enquanto fui servindo um copo de água para cada um. E, desta forma, consegui passar aos processos de osmose e diferença de concentração de meios. No caso, a boca deles sendo o meio hipersaturado de glicose, necessitando desesperadamente de água. Foi uma forma produtiva, muito prática e simples de abordar o assunto. Daí para frente seguimos com uma aula semi-expositiva mas na versão de conversa. Todos sentados ainda em mesa redonda, salvo quando eu necessitava desenhar algo no quadro para ilustrar a explicação. Foi bastante fácil seguir o conteúdo daí, fazia mais perguntas à eles que respondia. Usava assim as perguntas para ir direcionando as respostas de um para o outro.

Tenho reparado que cada vez menos preciso chamar atenção dos alunos em sala. Não sei realmente o motivo. Acredito que seja devido à disposição dos alunos e também ao número de alunos em sala, que varia entre 12 e 8.

Desta aula saí bastante incentivado. Um ponto positivo que ajuda bastante nas aulas é o questionário que sempre preparamos anteriormente e que os alunos devem responder em sala de aula.

Mais um ponto ao cacau!

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