Carta ao diário

Olá diário,
e eventual leitor que o-tenha furtado do fundo de minha gaveta para fuxicar no meu dia-a-dia. Vocês são muito bem vindos! (mas não espalhem poraí o que vocês vão ver aqui) Afinal, aqui estarão documentadas as minhas atividades neste novo mundo por mim ainda não conhecido. Minhas impressões, pensamentos, dúvidas, medos e receios. Espero também, para a felicidade do leitor astuto que obteve acesso ao meu diário pessoal e para a minha própria, que aqui estejam também minhas conquistas. Minhas realizações e alegrias. Mas não sabemos disso ainda não é? Já que esta experiência ainda está por começar. Então seja bem vindo, aproveite! E para que o aproveitamento seja em sua completa magnificênciassíssima magnitude: alerto-o para a cronologia dos relatos. (Apesar de que ler uma história de trás para frente as vezes pode ser divertidamente produtivo)


Seu professor calouro anônimo,
Andre Bruinje


terça-feira, 5 de outubro de 2010

05 de Outubro: Aprender é diversão! (e eu que só aprendi isso quando graduando..)

05 de Outubro de 2010, Colégio Estadual Maria Aguiar Teixeira.

Chegamos hoje 20 minutos antes da aula, sempre penso que é um desperdício ir para o colégio para ministrar apenas uma aula. Sendo que para isto teve todo o trabalho anterior de preparar o planejamento de ensino, pesquisar alguns artigos novos ou que façam relação do assunto com o dia-a-dia deles, vídeos, imagens e ainda mais preparar os questionários que levamos aos alunos. E imprimi-los! (o que, normalmente é uma tarefa simples e ridícula tem me tomado mais tempo que deveria. Instalamos um dispositivo na impressora para economia de tinta [e funciona! Economia de mais de 500%!] mas que debilitou sensivelmente a velocidade de impressão [talvez os mesmos 500%!]. O que era para levar alguns 3 minutos [15 ou 20 cópias] anda levando de 40 a 60 minutos! Isso tem me deixado louco..)

Hoje a Carolina foi buscar suas queridas alunas na sala, ao contrário do habitual, que ela sempre ministra aula em uma sala alternativa e eu peço às alunas dela que vão até ela. Fico contente em ver que elas (professora e alunas) estão se dando bem. Não sei se seria igual comigo com as mesmas alunas. Uma coisa que falta em mim um pouco ainda é a palavra chave das relações sociais: PACIÊNCIA

Planejamos uma aula que deu um pouco mais de trabalho do que o normal. Com base em algumas atividades da universidade, montamos dois jogos didáticos com os conteúdos vistos até o momento. Com a intenção de fazer uma micro revisão, já que são conteúdos essenciais para os demais estudos dos alunos, inclusive em outras disciplinas como química e física.

Basicamente são dois jogos: (1) Um jogo da memória, mas que, ao invés de conter em cada par de cartas figuras iguais, os pares são formados por: a) Uma carta com o nome de uma estrutura celular e a outra com a função da estrutura; b) Uma carta com o nome do processo celular e outra contendo a descrição do processo; ou c) Uma carta contendo uma figura de alguma estrutura ou processo celular e uma carta com sua devida descrição.

E (2) Um jogo de tabuleiro, inspirado no jogo “Perfil” que consiste em um jogo de perguntas e respostas dirigido. Onde os participantes são questionados através de um Cartão-Pergunta que é lido por outro jogador. O questionado pode utilizar até 5 “dicas” que estão contidas no cartão. Neste também está identificada a resposta correspondente às dicas, porém só o questionador tem conhecimento de qual a resposta seja. Só que com os conteúdos de processos, funções, organização e estruturas celulares: o “PERBIO”

Nenhum dos jogos tem necessariamente um ganhador, visto que são atividades colaborativas. Instruí aos alunos que se dividissem em dois grupos de 4 alunos, expliquei os dois jogos e, com relação à dúvidas de conteúdo, que primeiro tentasse o participante responder sozinho, se não conseguisse, que alguém do grupo tentasse explicar, se mesmo assim não conseguissem, que todo o grupo chegasse em um consenso e, se ainda assim não conseguissem, me chamassem para fazer explicações e tirar dúvidas. Acredito que uma forma muito boa de os alunos entenderem os conteúdos sem a famosa decoreba é ao menos tentando explicar para os outros.

Dessa forma seguiu toda a aula, foi muito tranqüila. Utilizei dois livros didáticos para explanação quando os alunos chegavam à mim com as dúvidas, tanto para ilustração quanto para consulta: Fundamentos da Biologia Moderna - Jose Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho; e o livro didático que eles utilizam.

Até a finalização da aula foi tranqüilo, alunos que inicialmente estavam com ‘preguiça’ de fazer a atividade insistiram para estender a aula por mais um tempinho para pelo menos finalizarem a atividade.

A professora Adriane e a mestranda Tânia, até chegaram a elogiar o jogo, e a professora nos pediu para re-aplicarmos o jogo na aula que vem.

Ponto para a brinquedoteca! (e para a criatividade da professora Carolina!)

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